Perdidos e achados
- Avalia a situação com calma
- Verifica se o animal está ferido ou apenas desorientado.
- Se for um animal selvagem ferido, tenta minimizar o contacto para não o perturbar demasiado.
- Se for um animal de companhia (cão, gato, etc.), observa se tem coleira ou sinais de cuidado recente. Essas pistas podem indicar que apenas está perdido.
- Procura identificação
- Vê se tem coleira, pendente com contactos ou marcações visíveis.
- Leva-o a um veterinário para verificar se tem microchip. Qualquer veterinário pode fazer essa verificação e, se tiver, ajudar a contactar o tutor.
- Em Portugal, muitos animais têm microchip registado no SIAC (Sistema de Identificação de Animais de Companhia).
- Comunica com as entidades certas
- Se não conseguires encontrar o dono, reporta a situação a uma associação de proteção animal local ou ao canil municipal.
- Se houver maus-tratos ou abandono, é obrigação legal fazer a denúncia. Segundo a lei, quem encontra um animal abandonado deve comunicar às autoridades competentes (polícia, veterinário municipal, etc.).
- Para animais selvagens feridos: contacta o SEPNA (GNR) pelo telefone 213 217 291/2 ou a Linha SOS Ambiente (GNR) 808 200 520.
- Também podes contactar o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) para orientação.
- Oferece cuidados básicos e temporários (se puderes)
- Se for seguro e possível, recolhe o animal para um local tranquilo e seguro (por exemplo, uma divisão calma da tua casa, sem barulho).
- Dá-lhe água e comida com cuidado. Se não souberes bem como agir, é sempre melhor pedir ajuda a uma associação ou a um veterinário.
- Evita medicação por tua conta — não se deve dar remédios sem orientação especializada.
- Faz campanha para encontrar o dono
- Tira fotografias do animal e partilha informações nas redes sociais, em grupos de animais perdidos ou em sites especializados (por exemplo, Encontra-me.org).
- Imprime folhetos com a foto e contactos e distribui-os na zona onde encontraste o animal, nos cafés, supermercados, etc.
- Avisa o canil municipal da tua área e associações locais — eles podem ter registos de animais perdidos e ajudar a reunir animal e dono.
- Se não for possível devolver ao dono
- Se, após tempo razoável e todos os esforços, não aparecer ninguém, e não puderes ficar com o animal, contacta associações de proteção animal para que lhe encontrem um lar (ou um acolhimento temporário).
- Informa-te sobre as associações da tua zona — muitas têm voluntários dispostos a ajudar, e até clínicas com tarifas reduzidas para animais resgatados.
- Denúncia formal, se necessário
- Se suspeitares de maus-tratos, negligência ou abandono, faz a denúncia à GNR (SEPNA) ou PSP, conforme aplicável. A lei portuguesa criminaliza maus-tratos a animais de companhia.
- Também podes notificar o veterinário municipal, que tem competências para fiscalizar casos de abandono ou maus-tratos.
- Guarda evidências (fotos, vídeos, mensagens) para tornar a denúncia mais sólida.
- Atitude compassiva e responsável
- Ajuda de forma consciente: não te precipites em tomar decisões drásticas sem conhecer bem a situação.
- Sensibiliza outras pessoas: fala com vizinhos, partilha recursos sobre o que fazer quando encontram um animal — a tua ação pode inspirar outros a agir também.
- Colabora com associações e redes locais: muitas delas dependem da boa vontade de cidadãos para salvar vidas, e podes fazer parte desta corrente de solidariedade.
Por que é importante agir?
- Legalmente, tens não só o direito de ajudar, mas também uma responsabilidade moral e legal se fores testemunha de abandono ou maus-tratos. A lei portuguesa (Lei 69/2014) protege os animais e exige que situações de abandono sejam comunicadas às autoridades. Diários da República – Versão do cidadão
- Eticamente, é um ato de compaixão enorme: dar a alguém (um animal vulnerável) uma oportunidade de ser salvo, cuidado e, quem sabe, reencontrar a família ou ganhar uma nova.
- Socialmente, cada animal resgatado e bem colocado pode inspirar outras pessoas a fazer o mesmo, ajudando a reduzir o abandono e a melhorar a percepção sobre os direitos dos animais.
